segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Grafite [1]

O grafite, que alguns preferem denominar com o nome de origem – Graffiti; muito presente nas cidades, é uma manifestação da Arte na rua, mas que tem ganho espaço nas galerias,  ou mesmo participando de projetos ousados como o que envolveu os brasileiros Os Gêmeos, Nina Pandolfo e Nunca, convidados a grafitar o castelo de Kelburn,  em Ayrshire, na Escócia, construído no século XIII.




 


O grafite aponta a liberdade de expressão. No lado ocidental do muro de Berlim, por exemplo, ele imperava, enquanto que o lado oriental ostentava paredes limpas de qualquer marca. Pichação e grafite têm pontos comuns, mas diferem em relação a uma intencionalidade também estética. O desafio do grafite não é pichar lugares proibidos, difíceis ou quase inacessíveis, mas dialogar com a cidade.





Sua origem remonta ás paredes das grutas Pré-históricas, aos murais da Antiguidade. No século XX, os pintores mexicanos Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros preocuparam-se com uma Arte que pudesse falar ás multidões. Na década de 1950, Portinari, Di Cavalcanti, Clovis Graciano, entre outros marcaram a historia da Arte Brasileira e Universal com seus murais. Um passo para o grafite, que também sofre influencias da Pop-Art.


Murais e grafites provam que a Arte sempre foi desejosa do contato com o público. Sem ele a obra não se realiza. Entretanto. O termo arte pública, criado na década de 1970, tem sido utilizado para indicar obras que estão fora dos espaços tradicionais de exposição, sendo expostas ou acontecendo em lugares públicos, em caráter transitório ou perene. Para Teixeira Coelho ¹, “[...] um dos fatos necessários a plena caracterização da arte publica é o fato de oferecer-se como possibilidade de contato direto, físico, afetual com o publico” também indica a tendência da Arte Contemporânea de se voltar para o espaço, qualquer que seja ele .



¹TEIXEIRA COELHO,  José. Dicionário Critico de Política Cultural . São Paulo: Iluminuras , 1999. P. 50.



Texto extraído do Caderno do Professor -  1º ano volume I; Currículo do Ensino Médio do Estado de São Paulo, 2010.



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