quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O mito da MONA

Olá caros amigos, desculpem a ausência, vou tentar ser mais assídua a partir dessa nova postagem.
O tema de hoje é inspirado em um vídeo, enviando pela Caah Tonks (minha sis), que me deixou boquiaberta seguindo também algumas solicitações de amigos e até mesmo dos alunos, já fiz varias aulas abordando esse tama, mas muita gente ainda me pede, então estou colocando um pouco do que sei aqui no blog para vocês,  há um mito gigante em torno dessa "musa" do Renascimento Artístico, tentarei esclarecer alguns pontos.

A "Diva" decorou o quarto de Napoleão até ser levada para o Louvre,  em 1804. Provocou engarrafamento do transito de Nova York quando 1,6 milhão de pessoas se precipitaram para vê-la numa exposição de sete semanas.  Em Tóquio, permitia-se a cada visitante dez segundos para olhá-la. O objeto de toda essa atenção foi o retrato mais famoso do mundo!Com vocês:    MONA LISA!

Quem é ela \o?
Sempre foi chamada de Mona Lisa, ou melhor Madonna Lisa di Antonio Maria Gherardini. Historicamente, ela não era uma pessoa importante mas, provavelmente, a jovem esposa de um rico mercador florentino chamado Francesco del Giocondo; por isso o quadro é muitas vezes chamado de La Gioconda [ "Mona" era a abreviatura de Madonna, que quer dizer Senhora - não confundam com a outra Diva.... a do pop ok?]. O retrato definiu padrões para a Alta Renascença em 
vários aspectos decisivos. O uso da perspectiva, com todas as linhas convergindo para um único ponto de fuga atrás da cabeça de Mona Lisa, e a composição triangular estabelecem a importancia da geometria na pintura. Era diferente dos rígidos perfis dos retratos que haviam sido regra geral, pois mostrava a imagem numa postura natural, relaxada, em três quartos. Para chegar a esse conhecimento exato de anatomia, tão evidente nas mãos de Mona Lisa, Leonardo morou em um hospital, onde estudou esqueletos e dissecou mais de trinta cadáveres.
Uma das primeiras pinturas pinturas em tela destinadas a ser pendurada na parede, a "Mona Lisa" realizou plenamente o potencial do novo veículo -a tela. Em vez de tomar como ponto de partida as figuras delineadas, como os pintores costumavam fazer antes da Renascença. Leonardo usou o chiaroscuro para modelar as feições por meio de luz e sombra. Começando com tonalidades escuras, ele construiu a ilusão de feições tridimensionais com varias camadas de vidrato fino e semitransparentes (até as pupilas da Mona Lisa foram compostas com sucessivas camadas finas de pigmento). Essa técnica de sfumato apresenta um conjunto, segundo as palavras de Leonardo, "sem linhas ou fronteiras, à maneira da fumaça". As cores vão do claro ao escuro numa gradação contínua de tonalidades sutis, sem bordas definidas que as separem. As formas parecem emergir das sombras e se misturar nelas.E ela tem o famoso sorriso. Para evitar a solenidade dos retratos formais, Leonardo provavelmente contratou músicos e bufões  para distrair a modelo. Embora deixasse frequentemente o trabalho incompleto devido a frustração, quando suas mãos não acompanhavam a imaginação, esse quadro foi imediatamente aclamado como obra-prima e influenciou muitas gerações de artistas. Em 1911, um trabalhador italiano, indignado pelo fato de que o melhor da arte  italiana residir na França, roubou o quadro do Louvre para devolvê-lo à solo pátrio. A "Mona Lisa" foi encontrada no quarto miserável do patriota dois anos depois em Florença.Em 1952, havia mais de sessenta versões da Mona Lisa, Desde a Mona Lisa de cavanhaque de Marcel Duchamp, em 1919, até a série em silkscreen de Andy Warhol e à imagem de Jasper Johns, em 1983, a Mona Lisa não é só o mais admirado como o mais reproduzido dos quadros.

Segue abaixo o video que inspirou este post:











Bibliografia:
Strickland, Carol. ARTE COMENTADA: DA PRÉ-HISTÓRIA AO PÓS-MODERNO. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

Cumming, Robert. ARTE EM DETALHES. São Paulo: Publifolha, 2010.





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